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ARTIGO: Liberdade econômica para crescer

29/07/2019

Luiz Carlos Bohn
Presidente da Fecomércio-RS 

O capitalismo gerou o maior desenvolvimento econômico e social já visto na história humana. Desde seu início, o nível de renda da população do planeta Terra cresce aceleradamente e as condições sociais só melhoram. Antes do capitalismo, cerca de 90% da população do planeta vivia de forma miserável, com elevada mortalidade infantil e baixa expectativa de vida. Atualmente, a situação se inverteu e apenas 15% da população da Terra vive em pobreza extrema. O padrão de vida das pessoas e os indicadores sociais melhoraram mais nos últimos 250 anos do que em toda a história da humanidade até então.

O motor desse maravilhoso sistema de geração de riqueza é a liberdade de empreender. Os produtos que temos hoje, carros, aviões, computadores, celulares, remédios etc., são fruto do empreendedorismo de alguém que se dispôs a gastar seu tempo e arriscar seu dinheiro em empreender. Por isso, é possível ver que países onde a liberdade de empreender é maior têm um crescimento econômico mais acelerado. Esse foi o caso dos paí- ses europeus no século 19, dos Estados Unidos no século 20 e, na América Latina, do Chile em período mais recente.

Nesse sentido, considero ser muito bem-vinda a MP 881, que visa ampliar a liberdade econômica em nosso país. O texto original, redigido pelo Executivo, já era bom, mas ficou muito mais amplo e de melhor qualidade com as alterações feitas pelo relator, deputado Jerônimo Goergen.

Na economia do século 21, a inovação e a criatividade são ainda mais fundamentais para o crescimento econômico e elas não podem ser cerceadas pelo excesso de regulamentação estatal. É fato que a vida em sociedade necessita de regras, mas há que se buscar um equilíbrio entre as regras e as liberdades que seja favorável ao desenvolvimento. No caso brasileiro me parece claro que há excesso de interferência do Estado na vida das empresas. Isso sufoca o empreendedorismo, dificulta a inovação e, portanto, restringe o crescimento da economia.Atenciosamente.