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Nota Técnica: Apesar de aumento, inflação permanece baixa

10/11/2017 Fecomercio

O Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) registrou variação de 0,42% em outubro, conforme o IBGE. Assim, a inflação acumulada em 2017 alcançou 2,21%, significativamente abaixo dos 5,78% apurados no período de janeiro a outubro de 2016. Em 12 meses, o IPCA atingiu 2,70%, acelerando em relação ao mês anterior (2,54%), contudo, situando-se abaixo do centro da meta perseguida pelo Banco Central (4,50%).

 Entre os grupos de produtos e serviços pesquisados, Alimentação e Bebidas (-0,05%) e Artigos de Residência (-0,39%) apresentaram queda. Por outro lado, os grupos Habitação (1,33%) e Transportes (0,49%) registraram as maiores influências sobre o IPCA, 0,21 p.p. e 0,09 p.p., respectivamente. No grupamento de Habitação, o item de energia elétrica, com alta de 3,28%, contribuiu com 0,12 p.p. sobre o índice, uma vez que em outubro entrou em vigor a mudança na banda tarifária.

Na Região Metropolitana de Porto Alegre (RMPA), por sua vez, a inflação registrou variação de 0,32% em outubro, ante 0,07% no mês anterior. Assim, o índice acumulado em 2017 é de 1,69% e, em 12 meses, apura alta de 2,03%.

 

No que diz respeito ao Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC), em outubro, sua variação no país foi de 0,37%, acumulando alta de 1,62% em 2017 e de 1,83% em 12 meses. Na RMPA, o INPC apurou elevação de 0,31%, acumulando variação de 1,33% no ano. Nos últimos 12 meses, o crescimento foi de 1,41%.

 O resultado da inflação em outubro ficou próximo ao esperado pelo mercado. Apesar de ter sido mais alta do que em setembro, o dado do último mês reflete, em grande parte, o reajuste de tarifas de alguns itens específicos. Ambos indicadores, IPCA e INPC, apresentaram aceleração no acumulado em 12 meses. No entanto, a alta do INPC foi mais expressiva em virtude do maior peso da Habitação nesse indicador. A expectativa para a inflação em 2017 está próxima a 3,0%, segundo o Boletim Focus, permitindo ainda alguma flexibilização da política monetária por parte do Banco Central.


Fonte: Fecomercio-RS